terça-feira, 28 de julho de 2015

Dicas de Leitura: MESTRE DO KUNG FU #22.

Ed. Bloch, 1976.

Roteiro: Chris Claremont, Doug Moench, Tony Isabella.
Desenhos: John Buscema, Frank McLaughlin, Herb Trimpe, Mike Vosburg.


Publicação original: Special Album Edition, The Deadly Hands of Kung Fu #01.

Todos os principais astros de artes marciais da Marvel nos anos 70 em uma única revista!
Assim começa a história “Um Golpe Diabólico”, onde Fu Manchu coloca em prática seu plano de causar uma guerra entre os E.U.A. e China, sendo ao final interrompido quase “sem querer” por seu filho Shang Chi, Punho de Ferro e Os Filhos do Tigre.

Típica história em capítulos dos anos 70, os heróis nunca chegam a se encontrar. Na verdade nenhum acaba sabendo da ajuda dos outros, já que estão em lugares diferentes de Nova York numa época em que a comunicação não era tão rápida quanto hoje. Existe apenas um personagem que interliga os três capítulos desta saga...

Impossível ler sem se transportar para a época, os filmes de artes marciais ainda tinham muita visibilidade e a Marvel, que sempre esteve atenta a sua época, tratou de colocar isso no papel, criando vários personagens que permanecem até os dias de hoje (mas sem o brilho de outrora).

Também é interessante o fato de apesar do plano de Fu Manchu ser muito bem arquitetado, nenhum de seus homens portam armas de fogo(?), garantindo sequencias de ação cheias de voadoras, golpes com nomes estranhos e socos que arremessam o oponente ao outro lado da sala. Principalmente no capítulo dos Filhos do Tigre, o mais movimentado de todos.

Somente dois pontos negativos na história: o ritmo um pouco arrastado no capítulo do Punho de Ferro, onde Danny Rand praticamente não fala, enchendo os quadros com balões de recordatórios, e o título da história. Nada contra “Um Golpe Diabólico”, mas o original - O Plano Mestre de Fu Manchu - é mais épico e cinematográfico.

Completam a edição brasileira uma história de Tales of The Zombie, de Roy Thomas,
e matérias sobre filmes de artes marciais, comuns nas revistas da Bloch na época. Ação, bons roteiros, desenhos e matérias, uma edição com cara de Sessão da Tarde (a antiga), para divertir com um balde de pipoca ao lado.

Capa retirada do site Guia dos Quadrinhos.


Juliano Bittencourt

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